Manutenção da essência e honra através morte

O texto a seguir contém temas sensíveis como s**cídio e crise existencial, então, se você for sensível mentalmente, POR FAZOR, NÃO LEIA ESSA MERDA. Me isento da responsabilidade de o que você for fazer a partir desse texto. Continuar a leitura é sua responsabilidade.

Seppuku: ritual de suicídio praticado pelos samurais que buscavam restaurar a honra após uma derrota ou uma falha pessoal considerada inaceitável. Ao optar por esse ato, o samurai manifestava a convicção de que sua essência — o conjunto de valores, deveres e identidade construída ao longo da vida — não deveria ser corrompida por uma existência marcada pela desonra.

A história nos mostra que, em diferentes regiões do mundo e em diferentes épocas, a morte era assunto em diversos debates, as vezes sendo vista como motivo de pavor, as vezes sendo vista como libertadora. Apesar de ser um grande dilema ético, hoje em dia o sacrifício, em certos casos, é legalizado, servindo como opção para o encerramento do sofrimento de um indivíduo. É sobre essa visão da morte que quero tratar.
Um pensamento que tenho é que, se um dia eu desenvolver o mal de alzheimer, não hesitarei em me matar. Para quem não sabe, essa doença vai muito além de apenas um esquecimento, mas corrompe o cérebro inteiro da pessoa, fazendo ela perder sua liberdade e identidade (recomendo o vídeo "A doença mais assustadora que eu ja vi" do canal "O Canal do Pcini" para saber mais a fundo sobre essa questão). Eu penso isso pois, se isso vier a acontecer, eu deixarei de ser eu mesmo, perdendo minha "essência" e sendo motivo de sofrimento de todos ao meu redor. Se no futuro eu querer contra argumentar essa minha visão atual, talvez meus sentimentos ou raciocínios não sejam mais válidos, pois meu cérebro já foi corrompido, dessa forma eu seria apenas uma máquina de carne que não sabe pensar, tendo sentimentos e percepções invalidadas por minha irracionalidade.
Entretanto, o que diferencia esse cenário imaginário da minha atualidade, tendo o cérebro deteriorado por quase 4 anos de consumo de pornografia? Meu cérebro já não é mais o mesmo. Eu desaprendi a pensar por perder massa cinzenta. Minha percepção da realidade foi distorcida pela necrose de parte do meu cérebro. Meus sentimentos permanecem válidos, mesmo após ter me tornado defeituoso? Meu senso de autopreservação continua eficaz, mesmo sendo a morte a libertação para o mundo de um indivíduo apodrecido? Eu querer me manter vivo é apenas instinto ou a minha lógica esvaída da própria realidade?
Pode parecer estranho, mas essa é uma brisa q tenho normalmente quando to com sono.
Isso n é um desabafo, pois apesar de tudo que disse aqui me considero bem mentalmente. Isso é apenas o início de uma discussão sobre essência do ser, validação das percepções de alguém, sentido da morte etc.
Queria saber oq vcs pensam sobre isso tudo ou oq os grandes pensadores achariam disso.